Uma mercenária em combate

A primeira vez que Ágata pôs a mão em uma arma foi na Ucrânia. Ela tinha se tornado uma mercenária sem que ninguém soubesse disso. Era a única saída para vencer os russos, tendo em vista que, a Ucrânia não tinha soldados suficientes para o conflito sangrento.

Para matar bastava estar viva!

Era o que pensava para se motivar à matar. No início ela fez uma retrospectiva sobre a sua vida, mas depois achou que era ali em que ela devia estar até que os ucranianos saíssem vitoriosos daquela guerra.

Ágata tinha sido escolhida para a linha de frente. Pois em seus treinamentos era sempre a mais determinada em matar o seu oponente. Mas tendo chegado o momento, Ágata refletiu mais um pouco e se deu conta que aquilo agora era para valer. Teria que atirar sem perguntar sobre a vida de seus oponentes. Se ele eram carinhosos em casa; se preparavam as refeições mais saborosas ou se liam romances e poesias para suas esposas e filhos.

Ágata sentia o seu coração pulsar em seus rifles e armas. Como se elas tivessem vidas que estavam prestes à tirar.

O comandante tinha enfim, dado à ordem para atacar. E com isso, Ágata tomou à dianteira e logo em seguida, se admirou com a sua atitude corajosa e louca de servir um país que nem era o seu para defender assim, com unhas e dentes.

Talvez Ágata quisesse uma medalha por seus feitos heróicos em campos de batalhas, pensava seu superior. Mas no meio do conflito, ele descobriu que ela não estava ali para ser agraciada, e sim, queria apenas combater à injustiça social.

Como consequência, o regimento ucrâniano foi ganhando cada vez mais territórios e quando se deram por si já estavam em solo russo.

Foi só assim que descobriram que o conflito tinha apenas um vencedor. Os russos foram transformados em reféns dentro e fora do território ucraniano, enquanto o presidente: Vladimir Putin, se rendia ao poderio militar de Volodymyr Zelensky o então presidente da Ucrânia.

O regimento ucraniano foi condecorado com uma medalha feita pela União Européia, que tinha ajudado com financimentos, suprimentos e armamentos. Ágata acabou não comparecendo a cerimônia alegando que não tinha nascido para que alguém lhe desse os parabéns por algo que qualquer pessoa poderia fazer, caso tivesse muito coragem e determinação em seu espírito para vencer o mal.

Assim, os jornais acabaram publicando diversas fotos dela em combate e muitos não acreditaram que era ela. Pois Ágata estava Trajando um uniforme militar em que estava toda suja de terra e pólvora. Provas que qualquer vitória, teria que ser conquistada com muito suor e sacrifício se quisessem que utopias se tornassem reais.

Seus textos de guerra na Ucrânia foram logo publicados também. E muitos começavam a contar à seus netos sobre os feitos de uma moça muito corajosa e destemida que tinha servido com eles na guerra. Ágata tinha se transformada em heroína, com estátuas espalhadas por toda a Ucrânia como se fosse um símbolo nacional à ser seguido por todas as faixas etárias daquele país destruído.

Mas ninguém sabia por onde ela andava agora. Uns diziam que ela por ter saído bem ferida do combate, tinha resolvido aposentar toda a sua ousadia inabalável. Enquanto outros, tinham à certeza que iriam encontrá-la pelos jornais em algum novo combate externo ou interno muito em breve.


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