Ágata tinha feito as suas malas. Estava decidida a ir até a Palestina testar seus limites de combate mais uma vez. No mesmo período em que todos estavam procurando resquícios seus.
Antes de sair de seu secreto alojamento, Ágata fez mais uma recapitulação para ver senão estava esquecendo de nada. Estava levando alguns pares de roupas e muitas armas e munições, pois tinha a absoluta certeza que no meio do conflito, poderia lhe faltar ou uma coisa ou outra.
Sendo assim, quando pousou na Palestina foi logo realocada para o regimento principal de combate. Pois todos já sabiam de suas habilidades de combate.
Um dia antes do reinício da guerra, Ágata estava concentrada em suas armas e munições, limpado-as para que não à deixassem na mão na hora H. Já tinha perguntado aos seus superiores do plano e da emboscada principal contra os israelenses na Faixa de Gaza e todos ficaram impressionados com a sua determinação de exterminar seus inimigos à sangue frio.
Ágata tinha virado uma guerrilheira, mas ainda nutria em seus dias de folga, uma sensibilidade enorme para a escrita. Anotando tudo o que via de errado e de certo em seu regimento, como se fosse uma inquisidora do mundo que estava prestes a explodir em sua volta. Mas no fim, sabia que os palestinos iriam sair com a vitória esmagadora em cima dos israelenses.
E foi o que aconteceu, no momento em que Ágata ia avançando de posto em posto com sua equipe bem alinhada e preparada. Já não se importava mais se os seus oponentes tinham família ou um lar para voltar depois da guerra. Suas vidas eram dela!… Dizia para as suas armas no momento do combate, como se elas pudessem ter algum entendimento sobre o que estava acontecendo ali.
A guerra tinha sido vencida pelos palestinos. Enquanto o regimento dos mercenários comemoravam em um lugar mais isolado e privado. Pois alegavam que não queriam atrapalhar a festa na cidade.
O Hamas se viu ameaçado pelos mercenários de Ágata e decidiram assim, acabar com a sua organização criminosa quando viram que o povo palestino sairia do conflito vitorioso sem que precisassem buscar à sua ajuda para a realização daquele feito. E assim, os palestinos aceitaram os integrantes do Hamas em sua nova democracia onde não precisariam ficar presos para serem punidos. Bastava que fossem feitos trabalhos voluntários para se redimirem de ser quem realmente eram.
A Palestina, depois do conflito, acabou criando um estado bem forte e abrangente. Os mercenários de Ágata foram condecorados com medalhas de honra, mas o mesmo acabou acontecendo. Ágata havia desaparecido no dia da vitória. Seu regimento ficou sem entender nada, mas tiveram alguns que entenderam aquela atitude perfeitamente.
Ao final do conflito, o estado da Palestina foi enfim, reconhecido por todos os membros da União Européia e do mundo também. Mas Ágata havia desaparecido do mesmo jeito que aparecia em guerras e conflitos que geravam repercussões mundiais. Uns diziam que o jeito dela era esse, mostrar os seus serviços para a sociedade e depois desaparecer dos holofotes da fama e do cargo de heroína.
Outros acreditavam que ela teria se cansado de passar a sua vida atrás de artigos de jornais e decidido combater os seus próprios conflitos internos, escolhendo as guerras que queria ganhar para o que o mundo voltasse a ter paz e prosperidade democrática.
Mas o que Ágata tinha conseguido era exterminar as desigualdades sociais e as injustiças que aconteciam ao redor do mundo. E que ninguém combatia com o seu sangue e suor de trabalho como ela fazia diariamente. Arriscando a sua vida para que outras pudessem renascer em um estado democrático de direito.

