As potências mundiais não se importam com guerras regionais

Naquela manhã fria em Portugal, Ágata leu no jornal que o Irã atacou Israel com mísseis, deixando pelo menos 40 feridos. E por coincidência, também era o dia do aniversário do escritor português Fernando Pessoa. Mas ninguém teve a coragem de comemorar aquela data tão especial para Lisboa. Porque o mundo estava sendo destruído aos poucos.

A guerras não tinham prazo para ter fim. Ou o ataque se rendia ou a defesa vencia. O mundo não se importava com aquilo. Pois os políticos e governantes só sabiam fazer reuniões com chefes de estado protestando ou ficando de um lado da guerra, como se aquilo fosse trazer o seu fim em segundos. Mas o caso não era esse. Pois na sociedade contemporânea, nenhum país se importava com o bem estar do outro. Muito pelo contrário. No máximo que víamos nas redes sociais era alguma postagem dizendo que um político era contra o estado de guerra que seu colega de ofício estava fazendo, mas você não via ninguém querendo resolver a solução de maneira definitiva. E sim, víamos a união européia ajudando a Ucrânia com armamentos pesados para se defender da potência da Rússia, enquanto que o governante Russo se divertia em aniquilar um país mais fraco sem que os ucranianos tivessem um número suficiente de soldados para atacar e se defender.

A função de um político na era moderna, era subir em palanques e dizer coisas que a população gostaria de ouvir para solucionar problemas sociais, como por exemplo, a desigualdade social e nada mais. Já em caso de sítio de guerra, víamos que a sociedade internacional não tinha nada à contribuir também. Pois todos ficavam somente nas palavras com medo de que pudessem vir à enfrentar uma 3° Guerra Mundial. E logo, preferiam apoiar um país mas sem que fosse preciso contribuir com a sua força militar para defendê-lo.

E assim, se dava a era da contemporaneidade. Tínhamos duas grandes guerras acontecendendo paralelamente. Uma entre Israel e a Palestina e a outra entre a Rússia e a Ucrânia. Mais ninguém queria realmente contribuir com a força de seus exércitos sedentos por ação. Pois preferiam profetizar diante de seus palanques palavras que de nada serviam para a Paz.

Já Imaginou se a guerra fosse na Europa ou nos Estados Unidos?

Aí teríamos a tão aguardada 3° Guerra Mundial, pois as potências do mundo estariam nela. Mas como essas guerras acontecem em países mais fracos e com poder economicamente inferior aos das famosas potências do mundo, então era o mesmo que dizer que não era problema de ninguém.

De que adianta enviar milhares de armamentos e munições para a Palestina e para a Ucrânia, se esses países não tinham nem um número suficiente de soldados para enfrentar uma poderosa Rússia-Israel muito mais qualificados?

É como deixar alguém para morrer sozinho, em um campo de guerra, com todo o equipamento necessário para sobreviver, enquanto você está sendo atacado por várias pessoas ao mesmo tempo. Nenhum país do mundo consegue sobreviver em estado de guerra, sem que outros países ajudem com a sua força também.

De que adianta munições?

O mundo precisa de uma proteção universal. Onde o país mais fraco teria o apoio militar daqueles países mais fortes. Gerando como consequências, retaliações econômicas graves para aqueles que se atrevessem a iniciar uma guerra com os mais fracos.

Mas como sempre, muitos preferem fechar os seus olhos como se essas guerras não estivessem acontecendo. Da mesma maneira que muitos duvidavam, na 2° Guerra Mundial, que existissem realmente campos de concentração onde os alemães se encarregavam de matar raças ditas inferiores. Pois se me lembro bem, os Estados Unidos não queriam entrar naquela guerra. Mas daquela vez tínhamos Winston Churchill para nos salvar e renegociar novos termos para o mundo. Porém dessa vez, não vemos nenhum político do mesmo calibre, que compre a briga dos países mais fracos e faça questão de se sentar em uma mesa de negociações com Israel e Rússia para enfim, encerrar uma guerra sem fim.

Donald Trump até tentou resolver o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia por sí. Ligando para o presidente russo Vladimir Putin, mas logo em seguida, houve reclamações do bloco europeu dizendo que se chegassem ao fim da guerra, teriam que estar na mesma mesa de negociações que eles também.

Ou seja, no mundo de hoje, todos querem estar nos momentos centrais da história. Para receberem congratulações e elogios por serem quem nunca pensaram em ser. Estadistas que um dia salvaram a humanidade de uma completa destruição.


Deixe um comentário